Dicas para não se Atrapalhar com o Vinho


balde de espumante

Já publiquei no blog um texto mais profundo sobre a relação: Eu, o Vinho e o Álcool. Leiam aqui

Hoje gostaria de complementar com ideias e percepções que tenho ao longo de alguns anos apreciando vinhos.

Cada vez mais a frase lida e relida por aí me satisfaz: Com o Passar dos Vinhos os Anos ficam Melhores. Porém, temos limites físicos, financeiros e sociais na apreciar e beber de vinhos. 

Hoje tenho alguns cuidados para evitar-se o consumo excessivo de álcool, tanto no dia-a-dia, como nas ocasiões sociais e encontros de vinhos. Vão aí algumas dicas que costumo repassar aos interessados. Não vou entrar na questão de classificações médicas de quantidade de álcool por dia em mililitros ou mesmo se estou classificado nas tabelas de alcoolismo.

Se for seguir tudo o que falam não saio mais da cama e morro de fome e sede porque tudo faz mal??!!

Por outro lado, também não entro nesta de que o o vinho é super hiper saudável etc e tal que emagrece sem fazermos nada, ficaremos ricos sem trabalhar e por aí vai. Fico, como sempre o meio termo, aí, para mim está a boa filosofia.

Bem, vamos as dicas:

EM ENCONTROS DE VINHOS

Sejam em feiras, visitas a vinícolas, palestras seja lá o que for tome cuidado com os excessos. Repare bem porque se ele não estiver ali, peça-o. O baldinho, também conhecido por cuspideira. Ele é essencial para que nossa noite, tarde ou dia de encontro de vinhos seja proveitoso.

Reparem que em todos os encontros de degustações os mais experientes colocam o vinho na boca fazem uma série de barulhos, rolam o vinho e depois, COSPEM no baldinho. Há uma série de razões.

Só há quatro gostos que sentimos na língua: Salgado, doce, amargo, ácido e umami (uma mistura de todos). Mas como sentimos tanto prazer em beber vinhos ou apreciar um bom prato? Porque, também,  respiramos pela boca e sentimos prazer pelo nariz.

Como assim? Nossa percepção olfativa/degustação é feita em conjunto nariz e boca ampliando a gama de prazer o que, no vinho, tem o nome de percepções organolépticas. Esta a boa notícia.

A má é que após beber completamente quatro ou mais taças normais de vinho esta percepção vai se esvaindo até não mais sentirmos nada além do álcool. Então, vamos apenas sentir o vinho sem precisar bebê-lo. Cuspam no balde, sem ter vergonha.

SOBRE OS AROMAS OS SABORES E A COR DOS VINHOS AQUI

Estude bem quais os vinhos que serão servidos ou na exposição quais os que serão apresentados, bem como os produtores, países, enfim, estude como um general o campo de treinamento. Aqueles vinhos mais comuns ou conhecidos ser “cuspidos” os que não conhecemos podem ser apreciados com alguns goles porque ninguém é de ferro.

Lembrando dos limites acima. E mais ainda em longas provas de vinhos mesmo cuspindo sempre bebemos algo. A soma pode chegar até a 4 ou mais taças. 

EM CASA OU COM AMIGOS

Certamente não teremos o baldinho. Então, eu há muito tempo me quotizei. Tenho minhas quantidades de vinho para evitar aquele pensamento do dia seguinte: Por que bebi aquele pouco a mais? Dormi mal, acordei com a cabeça pesada…

VINHO TINTO: Para os frutados com pouco taninos, no máximo meia garrafa padrão. Os tintos mais pesados, principalmente os andinos carregados na madeira (taninos = sede) menos de meia garrafa.

VINHO ROSE E BRANCO: Não temos taninos (brancos sem barricas) ou temos taninos em baixa escala, roses e brancos que passaram por barricas no máximo meia garrafa. E aqui um cuidado. A falta de taninos torna o vinhos mais leve para beber e aí vem o perigo, passamos da conta e o álcool (que afinal) é o que nos deixa mal é o mesmo, em geral, dos tintos, roses, brancos e espumante (estes com um pouco menos).

ESPUMANTE: Aqui vale a mesma quota, entretanto, lembrem-se que o perlage, as bolinhas, a alma de um espumante, o Co2 justamente favorece uma a maior absorção do álcool pelo organismo, além de uma certa euforia causada pelo gás. Assim tomem cuidado por que derrapar nesta estrada é fácil, fácil.

E, claro.

NUNCA BEBA DE ESTÔMAGO VAZIO

Só uma companhia desagradável é mais letal para a nossa noite de vinhos do que beber de estômago vazio. O álcool entra no sangue já no estômago, assim ele vazio nosso prazo de validade é quase zero. Lembre-se da regra de uma taça de água para cada duas de vinho e, no mais uma boa companhia as vezes até um encontro secreto consigo está ótimo.

Art Tatum Tea four two, podia ser wine for two.

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